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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Liga Sagres: Leixões vence Sp. Braga de "duas caras"

O Leixões alcançou a segunda vitória consecutiva na Liga 2008/09 (2-0), navegando para águas tranquilas com Wesley no leme, guiando as gentes do Mar para lá da tempestade que varreu um Sp. Braga de dupla personalidade. Quando corre bem, é um grande. Quando algo falha, desce abruptamente a uma realidade nem sempre compreensível.

O lançamento do encontro no Estádio do Mar ficou marcado por críticas ao preço dos bilhetes (30 euros), em jogo com direito a transmissão televisiva, num domingo extremamente chuvoso. Entretanto, soube-se que houve uma fatia de cem ingressos a 10 euros cada, que o Leixões ofereceu ao Sp. Braga, e que depois estes venderam às suas claques.

Esta situação ainda vez levantar mais as vozes críticas, transformadas em faixas da Máfia Vermelha, grupo de apoio da equipa da casa: "Man. United-Chelsea, 30 euros; Barcelona-R. Madrid, 30 euros; Leixões-Sp. Braga: 30, 40 e 60 euros. Viva! Estamos no topo da Europa."

Crónica do Jogo:

O Sp. Braga entrou melhor, montou um cerco à baliza de Beto, mas o guarda-redes do Leixões respondeu às investidas como um gigante.

E assim, entre oportunidades falhadas, Jorge Jesus assistia ao crescimento dos níveis de ansiedade, notórios quando Frechaut, sem o apoio devido, perdeu a bola em zona proibida. Roberto Souza agradeceu o brinde, serviu Wesley e, no segundo ensaio da formação leixonense, houve direito a festa no Mar.

Num Sp. Braga de duas faces, o treinador decidiu partir a equipa ao intervalo. Frechaut pagou pelo erro, Luís Aguiar foi aprender como se joga na posição 6 e Mossoró aumentou o caudal atacante. A coragem de nada valeu, já que o Leixões serviu-se da crescente intranquilidade do adversário e voltou a marcar, já contra dez. Wesley, quem mais poderia ser, criou o desequilíbrio e ofereceu o golo a Marques. A partir daí a questão ficou arrumada.


A chuva não ajudava, o futebol surgia aos repelões, mas não havia necessidade de tanta polémica, tanto lance discutível, a roubar espaço ao que deveria ser uma crónica sobre um jogo de futebol.

José Mota foi o primeiro a ir tomar banho: O auxiliar não viu uma mão na bola de Roland Linz no interior da área do Leixões, também não gostou da repreensão do técnico e chamou Paulo Costa, que deu ordem de expulsão.

Por essa altura, a equipa de arbitragem já andava nas bocas do mundo, o que é normal no futebol português. As críticas repartiam-se, hábito crónico cá do burgo, mas atingiram uma dimensão incompreensível ao minuto 51: César Peixoto lesiona-se e contorce-se no relvado, o jogo segue mas Paulo Costa acaba por interromper a partida e aproxima-se do jogador. Quando sente o árbitro a chegar, o esquerdino esquece as dores, ergue o corpo e lança um impropério de rajada. Ou seja, saiu em maca do relvado (estava mesmo lesionado) e levou ainda um cartão vermelho no "bolso".

Já agora, para terminar da pior forma, mais um apontamento digno do futebol luso: Roland Linz vê a placa de substituição indicando o seu número, abandona o relvado lançando protestos ao seu treinador e, quando chega perto do banco, remata violentamente uma bola, que não acertou em Jorge Jesus porque este não estava sentado onde deveria estar. Paulo Costa anotou o comportamento, mostrou-lhe o cartão amarelo, mas Jesus ficou a olhar para o jogador com "cara de poucos amigos". Sendo o técnico "arsenalista" conhecido como o "disciplinador", vai haver certamente "bronca" para os lados do austríaco.


Por Vitor Hugo Alvarenga, jornalista "Mais Futebol"

Foto: Pedro Ferrari, fotojornalista "Lusa"

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